Mutirão da Justiça soltou cerca de 21 mil presos ilegalmente no Brasil


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Balanço do mutirão carcerário feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre janeiro de 2010 e novembro de 2011, revelou a soltura de 21 mil pessoas que estavam detidas ilegalmente em presídios, cadeias públicas e delegacias.

— Eu não conheço que exista coisa semelhante e análoga no mundo — disse o presidente do CNJ, Cezar Peluso, ao relatar a manutenção de pessoas com penas provisórias vencidas ou tempo de condenação já cumprido.
Entre 2010 e 2011, o CNJ revisou 279 mil processos criminais em 24 estados e no Distrito Federal. Além das libertações, foram concedidos 41,1 mil benefícios, como a progressão de pena, “que não eram garantidos nas execuções penais”.
Segundo Peluso, medidas de ressocialização dos presos como a capacitação para o trabalho e a escolarização, previstas em lei, são exceções nos presídios brasileiros. Apenas 14% dos detentos têm acesso a alguma atividade de trabalho e 8% a estudo.
Atualmente, são realizados mutirões em São Paulo (até agora 60,5 mil processos analisados), Rio de Janeiro (13,9 mil processos) e na Bahia (pouco mais de 7 mil).
O Brasil contabiliza cerca de 475 mil detentos. Desse total, 43% são provisórios. O déficit estimado de vagas é de 147 mil.
Mais de 700 soltos em SC
O mutirão do CNJ esteve em Santa Catarina entre junho e julho deste ano. A revisão dos processos dos 15 mil detentos no Estado resultou na soltura de 700. Também foram concedidos outros 1,5 mil benefícios.
AGÊNCIA BRASIL

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