Filme é baseando em livro infantil sobre jovem e seu cavalo.
Um cavalo com algo mágico, um obstinado camponês britânico e uma guerra que devasta a Europa: "Cavalo de Guerra", um relato épico de Steven Spielberg sobre os animais usados para fins bélicos, estreia esta semana nos Estados Unidos depois de ter recebido indicações ao Globo de Ouro.
"Cavalo de guerra", exibido em pré-estreia em dezembro e indicado como melhor filme dramático ao Globo de Ouro, é baseando no livro infantil "War horse", lançado pelo britânico Michael Morpurgo em 1982, e na adaptação para teatro de Nick Stafford.
O filme explora o forte vínculo do jovem Albert, interpretado pelo jovem britânico Jeremy Irvine, e seu cavalo Joey, que enfrenta o início da Primeira Guerra Mundial e o envio de seu animal para a França pela cavalaria britânica.
O filme, cuja trilha sonora repleta de violinos deixa claro o tom épico da história, segue então as aventuras dos protagonistas com violentas cenas de guerra - que não chegam a ser mórbidas -, da busca efetuada por Albert para recuperar o amigo até a odisseia vivida por Joey à medida que muda de dono.
"A Primeira Guerra Mundial foi o último 'hurra' para os cavalos de guerra. Eram tempos nos quais a revolução tecnológica, sobretudo com a implementação de novas tecnologias mais eficientes e cruéis para matar, começavam a suplantar a inutilidade do cavalo", explicou Spielberg à revista Variety.
Depois da chamada "Grande Guerra" europeia, de 1914 a 1918, "o cavalo ganhou uma vida mais bucólica e saudável", disse o diretor, vencedor de quatro Oscar, incluindo um pela carreira. A ideia do filme chegou a Spielberg há quase dois anos, quando uma produtora de sua equipe, Kathleen Kennedy, que estava de férias em Londres, levou as filhas para assistir a peça teatral na qual os cavalos eram representados por marionetes de tamanho natural.
"Depois, quando voltei para casa conversei com Steve e contei sobre o que era a peça e ele me disse 'uau, isto parece uma história, poderia ser um filme estupendo'", contou Kennedy à AFP em Nova York. O resultado foi um produto clássico levemente "démodé", nas palavras da produtora. "Penso que não se fazem mais muitos filmes como este, como este tipo de história dramática épica que era muito produzido nos anos 1930 e 1940".
"No bom sentido, isto é o que faz com que este filme seja um pouco fora de moda e, ao mesmo, tempo moderno", declarou. O filme estreia no dia de Natal nos Estados Unidos. O mais difícil, segundo a produtora, que trabalhou com Spielberg em clássicos como "E.T", "Indiana Jones" e "A Lista de Schindler", "foi o fato de que muitos animais foram usados e nestes casos é preciso ter um cuidado extraordinário".
"Além disso, nenhum de nossos atores tinha experiência com cavalos, tivemos que treiná-los e deixar que passassem tempo com eles; e depois obviamente tivemos que treinar os cavalos porque precisávamos que atuassem". O papel de Joey é representado por 13 cavalos de várias partes do mundo. Na pele de Albert está Irvine, um ator britânico de 21 anos que até então tinha experiência em televisão.
"Steven sentiu que queria fazer uma descoberta, queria dar o papel a um ator jovem que não necessariamente tivesse atuado muito. E penso que gostava da ideia de que a inocência do personagem fosse interpretada por um jovem que não tivesse muita experiência", afirmou a produtora. Para Kennedy, por seu tema e ambientação o filme apela a todas as faixas etárias. "Mas apesar do ambiente em que se desenvolve, é mais uma história sobre coragem e conexões que uma história bélica", disse Spielberg.
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