Postado por ADM
Valor passou dos atuais R$ 5,4 mil para R$ 7,3 mil
Em clima de sigilo, os vereadores aprovaram nesta terça-feira, por unanimidade, o reajuste salarial para seus sucessores. A partir de 2013, a remuneração do parlamentar terá aumento de 35%, passando dos atuais R$ 5,4 mil para R$ 7,3 mil, elevando para o mesmo valor dos secretários municipais.
A sessão extraordinária, sem transmissão da TV Legislativa e convocada sem aviso à população, ocorreu à tarde. A reportagem do Santa chegou ao Legislativo às 20h. As luzes do plenário estavam acesas. Ainda havia água nos copos. O ambiente estava gelado pelo ar-condicionado e as cadeiras do plenário reviradas.
A sala de reuniões tinha quatro xícaras sujas de café em cima da mesa. O som do cantarolar da faxineira se misturava com a música do pipoqueiro que estava em frente à prefeitura.
Enquanto limpava uma das salas, a funcionária confirmou a passagem dos parlamentares pelo local. O zelador do prédio da prefeitura completou:
— Sessão da Câmara? Só se foi secreta, porque estavam só os vereadores e estavam em silêncio.
— Sessão da Câmara? Só se foi secreta, porque estavam só os vereadores e estavam em silêncio.
Ao sair do pátio da prefeitura, a reportagem encontrou o vereador Vanderlei de Oliveira (PT) conversando com um assessor no estacionamento. Só aí veio a confirmação: por unanimidade, os 15 vereadores aprovaram o aumento.
Os salários do prefeito, vice e secretário continuaram iguais. Junto, veio a aprovação de um pacote de projetos.
— Ninguém foi avisado porque estávamos convocados para amanhã de manhã (quarta-feira). Não tinha acordo, os vereadores estavam saindo para viajar. Hoje conseguimos reunir todos. Agora terminou, só ano que vem — justificou, ao deixar a prefeitura.
— Ninguém foi avisado porque estávamos convocados para amanhã de manhã (quarta-feira). Não tinha acordo, os vereadores estavam saindo para viajar. Hoje conseguimos reunir todos. Agora terminou, só ano que vem — justificou, ao deixar a prefeitura.
Mais tarde, por telefone, a vice-presidente da Câmara, Helenice Luchetta (PSDB), disse que não lembra quando recebeu a convocação para a sessão extraordinária desta terça-feira.
Ela garantiu que a reunião começou às 16h e durou mais de três horas. Nem a assessoria de imprensa teria sido informada sobre o encontro. À tarde, o presidente da Casa, Jovino Cardoso (DEM), havia confirmado à reportagem que a sessão extraordinária estava mantida para esta quarta-feira.
Durante a tarde, antes e durante a sessão, o Santa tentou contato com os 15 vereadores. O objetivo era descobrir o posicionamento de cada um sobre o aumento nos salários. Dez deles atenderam.
Ninguém comentou que estava acontecendo a sessão. O progressista João José Marçal (PP) chegou a dizer que o assunto estava morto e que a discussão sobre o projeto só seria retomada ano que vem.
— Não tem acordo. Não consegui participar da reunião. Eles só pensam nas eleições, agora só ano que vem — justificou Marçal, no início da tarde.
— Não tem acordo. Não consegui participar da reunião. Eles só pensam nas eleições, agora só ano que vem — justificou Marçal, no início da tarde.
O vereador Deusdith de Souza (PP) disse que a convocação para a reunião foi emitida ainda pela manhã. Desde então, já sabia que o projeto de reajuste dos salários estaria em pauta:
— Foi uma decisão bem tomada, conversamos bastante e achamos justo equiparar as remunerações com a dos secretários municipais.
— Foi uma decisão bem tomada, conversamos bastante e achamos justo equiparar as remunerações com a dos secretários municipais.
À noite ele foi procurado pela reportagem novamente, mas não atendeu ou retornou às ligações. Nem o presidente da Câmara.
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