Pep Guardiola escreve mais um capítulo numa história de amor entre 11 homens e uma bola
Por Redacção com PJC - @ProfFrancesc
Uma história de amor entre 11 homens e uma bola. Mais do que amor, devoção, entrega consciente, obsessão. Os homens vestem «blaugrana», deflagram o espírito «culé», insistem em gravar essa relação eroticamente platónica na história do futebol.
Mesmo em território perigoso - armadilhado pelos principais rivais, candidatos ao coração da moça -, os rapazes do mestre Guardiola não retraem a profundidade do sentimento. É um toque de confiança, um toque de quem explora e sabe o que faz.
Cumplicidade assim só pode dar bom resultado. O Barcelona, equipa condenada a esta paixão lasciva, aplicou mais uma lição de grande futebol ao Real Madrid. 1-3 em pleno Santiago Bernabéu.
Real Madrid-Barcelona AO MINUTO
Durante 23 segundos, chegou a parecer ser possível outro desenlace. Do apito inicial ao golo de Karim Benzema, mais precisamente. Nesse período viu-se um Victor Valdés desnorteado, uma defesa desfeita, um Real Madrid poderosíssimo e avassalador nos seus intentos. 23 segundos de conquista, 23 segundos de prazer.
Mas foi só. Os restantes 89 minutos e 37 segundos foram, quase em exclusivo, mais uma ode ao futebol de passe curto, circulação paciente e finalizações mortais. No Real Madrid corriam os homens, no Barcelona corria a bola. No Real transpirava-se, no Barça inspirava-se. É, no fundo, a diferença na idiossincrasia dos dois clubes.
O chileno Alexis Sanchez empatou à passagem da meia-hora, na sequência de uma genialidade mais de Leo Messi, e fez tremer o Santiago Bernabéu. A pré-anunciada superioridade do Real Madrid, examinada e certificada pelos mais credenciados especialistas do futebol-rei, começava a ruir ali.
E ruiria mesmo, com estrondo. A segunda parte foi a expressão máxima da tal história de amor. Entre 11 homens e uma bola. Entre instantes de sorte, como no golo de Xavi (o segundo), e outros de deleite (o cruzamento de Dani Alves para o cabeceamento de Cesc no 1-3), a partida tornou-se um poema escrito com uma harmonia admirável.
O Real nunca baixou os braços, naturalmente, e até podia ter marcado. Cristiano Ronaldo teve dois lances claros para bater Valdés, mas a desinspiração raramente largou o internacional português. Tudo em esforço, tudo baseado num futebol directo e dinâmico. Até pode funcionar com todos os outros, com este Barcelona nem pensar. - @ProfFrancesc
Mesmo em território perigoso - armadilhado pelos principais rivais, candidatos ao coração da moça -, os rapazes do mestre Guardiola não retraem a profundidade do sentimento. É um toque de confiança, um toque de quem explora e sabe o que faz.
Cumplicidade assim só pode dar bom resultado. O Barcelona, equipa condenada a esta paixão lasciva, aplicou mais uma lição de grande futebol ao Real Madrid. 1-3 em pleno Santiago Bernabéu.
Real Madrid-Barcelona AO MINUTO
Durante 23 segundos, chegou a parecer ser possível outro desenlace. Do apito inicial ao golo de Karim Benzema, mais precisamente. Nesse período viu-se um Victor Valdés desnorteado, uma defesa desfeita, um Real Madrid poderosíssimo e avassalador nos seus intentos. 23 segundos de conquista, 23 segundos de prazer.
Mas foi só. Os restantes 89 minutos e 37 segundos foram, quase em exclusivo, mais uma ode ao futebol de passe curto, circulação paciente e finalizações mortais. No Real Madrid corriam os homens, no Barcelona corria a bola. No Real transpirava-se, no Barça inspirava-se. É, no fundo, a diferença na idiossincrasia dos dois clubes.
O chileno Alexis Sanchez empatou à passagem da meia-hora, na sequência de uma genialidade mais de Leo Messi, e fez tremer o Santiago Bernabéu. A pré-anunciada superioridade do Real Madrid, examinada e certificada pelos mais credenciados especialistas do futebol-rei, começava a ruir ali.
E ruiria mesmo, com estrondo. A segunda parte foi a expressão máxima da tal história de amor. Entre 11 homens e uma bola. Entre instantes de sorte, como no golo de Xavi (o segundo), e outros de deleite (o cruzamento de Dani Alves para o cabeceamento de Cesc no 1-3), a partida tornou-se um poema escrito com uma harmonia admirável.
O Real nunca baixou os braços, naturalmente, e até podia ter marcado. Cristiano Ronaldo teve dois lances claros para bater Valdés, mas a desinspiração raramente largou o internacional português. Tudo em esforço, tudo baseado num futebol directo e dinâmico. Até pode funcionar com todos os outros, com este Barcelona nem pensar. - @ProfFrancesc
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