Construtoras usam 'homens-seta' para burlar lei em São Paulo, e não acontece nada.

 

Tem Elvis, Super-homem e até Branca de Neve com placas no pescoço.
Bom Dia Brasil flagrou ainda trabalho ilegal de adolescente de 14 anos.


Construtoras de São Paulo ignoram a lei que proíbe propaganda de empreendimentos imobiliários na rua. Algumas usam para isso homens-seta – aqueles que ficam na rua com uma placa indicando o lugar dos lançamentos.
Vestidos de Elvis Presley, Super-homem, Branca de Neve. Até parece divertido, mas não tem graça nenhuma. O trabalho é passar o dia inteiro em pé, com uma placa pendurada ao pescoço, indicando um novo empreendimento imobiliário da vizinhança.

E o Bom Dia Brasil encontrou até adolescentes, o que é condenado pelo Ministério Público do Trabalho.
A chefe de uma menina até pediu para que ela mentisse.
Repórter: Se chegar a polícia, o que que ela falou para você?
Menina: Que é pra mim falar que eu tenho 18 anos. E que eu sou de 94.
Repórter: Mas na verdade você tem que idade?

Menina: 14.
Ela sai de casa às 6h e volta às 20h30. Recebe R$ 35 por dia de trabalho. “Quando eu chego na minha casa, tudo meu está doido”, conta a adolescente.
Em março deste ano, promotores fizeram um acordo com incorporadoras, construtoras e imobiliárias para acabar com o trabalho de crianças e adolescentes nas ruas. No caso de desrespeito, a multa varia de R$ 1 mil a R$ 50 mil por jovem empregado.
E as empresas ainda estão sujeitas a outra punição, também pesada.
Esse tipo de propaganda é ilegal em São Paulo segundo a lei Cidade Limpa. A legislação organiza a paisagem urbana na capital paulista. Entre os itens regulamentados está exatamente a publicidade na rua. Casos assim são passíveis de multa, de R$ 10 mil por placa.
Mas a lei não intimida. Em apenas três horas, o Bom Dia Brasil encontrou cerca de 50 pessoas com placas e setas de empreendimentos imobiliários.
“São multados o dono do terreno, o dono do empreendimento e quem mais estiver aparecendo na publicidade. Se ele colocou na rua 10 pessoas, você já pode contar aí R$ 100 mil que a empresa vai pagar”, afirma a arquiteta e urbanista Regina Monteiro.
Neste ano, a prefeitura diz ter removido mais de 300 mil propagandas que feriam a lei Cidade Limpa. Não há um levantamento só de placas irregulares de lançamentos de imóveis.
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