Você é trapaceiro? - Teste: Que tipo de trapaceiro você é?


Um novo livro afirma que sim, todos temos algo em comum com os grandes impostores da política e dos negócios. Por que cedemos à trapaça – e o que podemos fazer para evitá-la

DANILO VENTICINQUE

Demóstenes Torres (Foto: Beto Barata/Ag. Estado,)
"Desde o início, atesto minha inocência.” A frase foi dita num discurso pelo senadorDemóstenes Torres (sem partido-GO) antes que o pedido de cassação de seu mandato fosse encaminhado ao Senado. Mas não causaria estranhamento na voz de qualquer um dos grandes trapaceiros da história. Acusado de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, ele seguiu a regra clássica de quem é pego na trapaça: dizer-se inocente até o fim e, se possível, acreditar nisso. Para provar quanto a prática é antiga, basta lembrar outro Demóstenes – o político grego (384-322 a.C.), que, acusado de distribuir e receber propinas, morreu sem admitir sua culpa. Seu contemporâneo, o filósofo Diógenes de Sínope (412-321 a.C.), andava pelas ruas com uma lamparina, dizendo estar à procura de um homem honesto. Não há notícias de que o tenha encontrado.
PROVOCAÇÃO O psicólogo Dan Ariely e seu livro A mais pura verdade sobre a desonestidade. Ele fez  experimentos para tentar explicar o funcionamento da trapaça (Foto: Andrew Harrer/Bloomberg News/Getty Images e divulgação)
Embora nossa natureza trapaceira seja quase um consenso, o mecanismo da trapaça é objeto de discussões. Reportagem da edição de ÉPOCA que chega às bancas e aos tablets (baixe o aplicativo) neste fim de semana entra nesse debate mostrando os aspectos levantados pelo psicólogo israelense Dan Ariely em seu livro A mais pura verdade sobre a desonestidade (Elsevier, 260 páginas, R$ 69,90). Autor dos best-sellers científicos Previsivelmente irracional e Positivamente irracional, que exploram a irracionalidade de alguns aspectos do comportamento humano, Ariely sugere um modelo mais passional e menos calculista que a análise de custo-benefício. Segundo ele, são poucos os trapaceiros patológicos, capazes de seguir seus impulsos toda vez que se veem em condições de levar vantagem sobre os outros de forma ilícita. Em compensação, todos nós somos capazes de pequenas trapaças ocasionais e acumulamos algumas vantagens ao longo dos anos, sem que sejamos obrigados a encarar nossa desonestidade. Trapaceamos aqui e ali. Mas, como seguimos as regras na maior parte do tempo, continuamos nos achando honestos. Há, dentro de cada um de nós, um pequeno Demóstenes, que permanece dormente, mas mostra as garras de tempos em tempos.

Da vontade de fazer o bem ao desejo de levar vantagem a qualquer custo, há várias justificativas possíveis para pequenas trapaças. Clique nas respostas para cada pergunta e descubra seu perfil

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